Após enfrentar intensas chuvas, o nível do Guaíba, em Porto Alegre, registrou uma queda significativa de 17 centímetros nas últimas 12 horas. No entanto, apesar dessa diminuição, o rio ainda mantém-se acima dos 4 metros, gerando preocupações contínuas para a população da capital gaúcha.
As precipitações recentes resultaram em inundações e danos significativos, com o estado já contabilizando 165 vítimas. Segundo dados divulgados pela Defesa Civil neste sábado (25), há ainda 64 pessoas desaparecidas e aproximadamente 637 mil desabrigados.
Especialistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS alertam para a possibilidade de uma cheia prolongada, com os níveis do Guaíba mantendo-se elevados nos próximos dias. Prevê-se que o rio oscile em torno dos 4 metros, com possíveis aumentos devido aos ventos e à continuidade das chuvas.
Diante da situação crítica, medidas de contenção foram adotadas, incluindo o uso de sacos de areia para conter o avanço das águas. No entanto, a magnitude do evento climático tem desafiado as estratégias de mitigação, deixando muitas áreas urbanas ainda inundadas.
O impacto ambiental da tragédia é evidente, com registros de 165 vítimas, além de 806 feridos. Tragicamente, quatro pessoas perderam suas vidas devido à leptospirose após contato com águas contaminadas das enchentes.
A precipitação recorde em maio, a mais significativa em mais de um século em Porto Alegre, conforme apontado por dados históricos, agravou ainda mais a situação. Ainda que o nível do Guaíba tenha apresentado uma ligeira queda, permanece acima da cota de inundação, mantendo a população em alerta.
A Defesa Civil emitiu um alerta para 26 pontos críticos, ressaltando o alto risco de deslizamentos e outros eventos adversos nas áreas suscetíveis. O alerta permanece em vigor até segunda-feira (27), enquanto a comunidade enfrenta a incerteza e a necessidade de precaução diante das persistentes condições de risco.