O Comitê Olímpico do Brasil (COB) respondeu às críticas recebidas sobre os uniformes que serão utilizados pelos atletas na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. O presidente do COB, Paulo Wanderley, destacou que o foco é o desempenho nos jogos, e não um desfile de moda:
“Não é Paris Fashion Week, são os Jogos Olímpicos. Então nosso foco está nisso,” afirmou Wanderley nesta quarta-feira.
Detalhes do Uniforme
A delegação brasileira usará roupas com detalhes bordados à mão por mulheres do semiárido do Rio Grande do Norte, incluindo araras, tucanos e onças em jaquetas jeans. A coleção também inclui designs especiais para viagem, pódio e algumas modalidades com vestimenta específica de patrocinadores exclusivos.
Críticas nas Redes Sociais
Apesar da intenção de valorizar elementos de brasilidade, a composição dos looks para a cerimônia de abertura recebeu críticas nas redes sociais e de figuras públicas, como a cantora Anitta:
“Acho que o look representa exatamente como o atleta é tratado no país. Sem estrutura, sem oportunidades, desvalorizado,” disse Anitta.
Ela acrescentou que o uniforme reflete a resistência e a luta dos atletas brasileiros em um ambiente de poucas oportunidades e reconhecimento.
Resposta do COB
O diretor de marketing do COB, Gustavo Herbetta, afirmou que a discussão sobre os uniformes é uma questão de gosto pessoal, mas ressaltou que os uniformes têm a aprovação da entidade e refletem a cultura brasileira:
“A gente, obviamente, participou de todo o processo de escolha desse uniforme, a gente aprovou com muito orgulho. Se precisasse, a gente aprovaria esse uniforme de novo,” disse Herbetta.
Ele destacou que os uniformes são sustentáveis e incorporam elementos da moda parisiense, lembrando que o lançamento dos uniformes foi bem recebido nas redes sociais.
Considerações Finais
Apesar das críticas, o COB mantém sua posição de que os uniformes representam a brasilidade e são adequados para os Jogos Olímpicos, focando no desempenho dos atletas e na sustentabilidade dos materiais utilizados.