A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira (4), o registro da primeira vacina brasileira contra a chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan. O imunizante é indicado para adultos com idade entre 18 e 60 anos e será aplicado em dose única.
A aprovação representa um avanço significativo na saúde pública, especialmente diante do aumento de casos da doença em diversas regiões do país. A vacina utiliza uma tecnologia de vírus vivo atenuado, estratégia semelhante à usada em vacinas contra doenças como febre amarela.
Estudos e eficácia
Os dados apresentados pelo Butantan demonstraram que a vacina é segura e eficaz, com alta resposta imune após a aplicação. Os estudos clínicos envolveram mais de 3.500 voluntários no Brasil e em outros países afetados pela chikungunya, como Haiti e Colômbia.
De acordo com a Anvisa, a decisão foi tomada com base em uma avaliação criteriosa dos dados de qualidade, segurança e eficácia.
Próximos passos
Com o registro aprovado, o Instituto Butantan poderá iniciar a produção em larga escala e, posteriormente, disponibilizar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS), após definição do Ministério da Saúde.
Sobre a chikungunya
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e zika, a chikungunya provoca sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dores musculares, fadiga e manchas na pele. Em alguns casos, as dores articulares podem se tornar crônicas.
A vacina chega como um importante reforço no combate à doença, sobretudo em períodos de surtos e em regiões com maior incidência do mosquito transmissor.