Nos últimos meses, as chamadas “injeções de bem-estar” se tornaram a nova febre entre famosas, influenciadoras e celebridades brasileiras. Prometendo mais energia, melhora no humor, aumento da imunidade e até auxílio no emagrecimento, esses injetáveis viralizaram nas redes sociais — mas também levantaram uma série de dúvidas e alertas entre especialistas.

O termo ganhou força com relatos de famosas que divulgaram rotinas que incluem aplicações de vitaminas como B12, complexos vitamínicos, aminoácidos e substâncias usadas para potencializar o metabolismo. Muitas delas afirmam se sentir “mais dispostas”, “menos cansadas” e “com mais foco” após as injeções, o que contribuiu para a popularidade do método.

No entanto, médicos e nutricionistas reforçam que esse tipo de tratamento não é universal, não substitui alimentação adequada e pode oferecer riscos quando feito sem acompanhamento profissional. Em muitos casos, as chamadas “injeções de bem-estar” são aplicadas em clínicas estéticas sem avaliação prévia de exames, o que preocupa profissionais de saúde.

Entre as substâncias mais citadas estão:

• Vitamina B12, usada para reduzir cansaço e melhorar o sistema nervoso;
• Complexo B, que influencia no metabolismo energético;
• Glutationa, antioxidante associado à melhora da pele e desintoxicação;
• Coquetéis vitamínicos, misturas prontas sem comprovação científica padronizada;
• Aminoácidos, usados para aumento de energia e performance.

Embora sejam substâncias conhecidas, especialistas alertam que o excesso pode causar efeitos adversos, irritações, sobrecarga nos rins e até mascarar problemas de saúde que deveriam ser diagnosticados corretamente. Outro ponto é que nem todos precisam de suplementação injetável — em muitos casos, os níveis vitamínicos podem ser ajustados apenas com mudanças alimentares ou suplementação oral.

A popularização das “injeções de bem-estar” demonstra o crescimento de tendências de saúde rápida e estética imediata, muito influenciadas pela visibilidade das celebridades. Porém, profissionais recomendam cautela: antes de aderir à moda, o ideal é buscar orientação médica, realizar exames e verificar se a suplementação é realmente necessária.

Enquanto isso, nas redes sociais, a febre continua — impulsionada por promessas de energia instantânea, bem-estar e resultados rápidos. Mas a pergunta que fica é: até que ponto essa tendência é realmente saudável e segura?